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Suassuna

Single em homenagem ao gigante Ariano Suassuna, nordestino-mor. Ele não ia gostar nada da palavra single, mas esperamos que gostasse da canção. 
Tem um ar medieval e nordestino, típico do Movimento Armorial, por ele fundado.

Para uma obra que valorizamos tanto convidamos a absurda cantora Mônica Salmaso, que, a despeito de nossas expectativas altas, nos surpreendeu com uma interpretação magistral.

Suassuna

Rafael Torres

Mônica Salmaso voz

Rafael Torres  viola e flauta

Ednar Pinho  baixo

Igor Ribeiro  percussão

Luiz Orsano  percussão

Suassuna - Argonautas e Mônica Salmaso
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Suassuna, sua sina é nos sertões se entranhar. Nos sertões enveredar, na seca

mata embiocar.

Sua sanha era o mundo assimilando, abocanhar. Era sanha de profeta, era a sina de pregar.

A sina dura de um Brasil que teima e não se ensina.

Que se macula, se assassina e ainda assim quer se curar.

Teu ”oxente”, o “ok” de tanta gente vem calar. De repente armorial, armo um repente a te intimar.

Suassuna, se não és todo um caboclo sarará. Na couraça o há de ser, ariano, aqui, mulato lá.

Suassuna, sua o sumo dos sertões com que sonhar. Assim, na vida, assina a morte. Assim, na vida, assina a morte, assim, na vida...

 

Arrebata o país que ajuda o gringo a o assaltar. O país que assalta o gringo e

reassiste ao desolar.

Gringo, ao assaltar, ressalta o que desola o poeta. Que se isola, e o que o consola é nos sertões se enfurnar.

 

Seus Brasis reais sonhar.

Suassuna, o banzo do Brasil,

Teu banzo será.

Gravado em 2018 no estúdio Trilha Sonora, Fortaleza, Ceará

Produção: Rafael Torres

Direção Artística e arranjo: Rafael Torres

Gravação: Hugo Lage e Luiz Orsano

Mixagem: Luiz Orsano

Masterização: Homero Lotito (Reference Mastering Studio, SP)

Gravura da capa: Eduardo Macedo

Manual da Leveza

Single cantado pelo sensível Renato Braz. Uma música simples e terna.

Valsa de Viena, de Fortaleza. É sobre até onde se pode viver.

Adicionando um pouco de alívio ao mundo.

Manual da Leveza

Rafael Torres

Renato Braz voz

Rafael Torres  violão e flautas

Ednar Pinho  baixo

Robson Gomes  acordeon

Capa.jpg
Manual da Leveza - Argonautas e Renato Braz
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Nunca tinha tido essa vontade de

Dançar, de ouvir boleros

Passear pelas calçadas de manhã

Mas quando te conheci por dentro

Concebi poemas, valsas de Viena

Pop-rocks de Liverpool

Tudo que de azul

Tudo menos blue

Seria capaz de redigir o habeas corpus do capeta

Fazer letras pra canções de Tom Jobim

Que a prosódia ficasse de lado

Por alguns versinhos, esse vinho

Esse lençol, essa pele

Esse Vivaldi

Esse Fellini

Pronto, deita tua cabeça

Preta, minha preta

Prova pra quê brilham os astros

Num instante o coração tem

A velocidade das asas de

Um beija flor

     

De manhã olho pro lado

E não vejo ninguém 

Cadê você?

Cadê Rodin?

Cadê Drummond?

Cadê Chopin?

        

Coração saindo pela boca

Quase solto um grito

Então, lá vem você

Trazendo o café da manhã

Voltam os Chopins

Vai-te em paz, divã

   

O brioche e o sorriso escancarado

Um fado em Lisboa

O aboio de um vaqueiro do sertão

Gravado em 2018 no estúdio Trilha Sonora, Fortaleza, Ceará

Voz gavada no estúdio Som do Mar

Produção: Rafael Torres

Direção Artística e arranjo: Rafael Torres

Gravação: Luiz Orsano

Mixagem e masterização: Luiz Orsano

Seu Bichinho

Machinha para os tempos atuais, mas que com certeza será eterna. Porque tem manchas que não largam.

Seu Bichinho

Rafael Torres

Rafael Torres  violão e voz 

Ayrton Pessoa  acordeon

Ednar Pinho  baixo

Igor Ribeiro  bateria

Seu Bichinho - Argonautas
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Oh, seu bichinho

O que é que foi fazer

You made a fool of everyone

E avacalhou de vez

Com o futuro da nação

 

Oh, seu bichinho

Como é que vai ficar

Quantas cabeças vão rolar

Pra fichinha cair

Na cabecinha que restar

 

Não dá uma dentro

Toda entrevista é um tormento

Hashtag machista, hashtag fascista

Hashtags muitas mais

 

Pega tua frota e sai pra lá

Deixa-me aqui quieto em meu lugar

Leva todo o comitê

Já imaginou o fuzuê

Se todos fossem no mundo iguais a você

 

Oh, seu bichinho

Agora eu era um herói

A minha arma é um violão

Cabeça-chata Boy

E eras tu o arquivilão

 

Oh, seu bichinho

Que marmelada foi

O kit que te apavorou

De que armário foi

Que essa notícia tu tirou

 

Teje só passando

É melhor não ir se acomodando

Morde, mas não late

Verás que um filho teu foge ao debate

Amante das artes, filósofo nato

Um lorde, só que não

 

Queres sempre tão bem à tortura

Desde que no outro seja a dor

Saudoso, afaga a ditadura

Desde que sendo o ditador

Sem fraquejar, sem frescura

Ponho a boca no trombone

Já começaste a tortura

Ao sacar o microfone

Gravado em 2018 no estúdio Trilha Sonora, Fortaleza, Ceará

Produção: Rafael Torres

Direção Artística: Rafael Torres

Gravação: Hugo Lage e Luiz Orsano

Mixagem: Luiz Orsano

Masterização: Luiz Orsano

My Valentine

Canção absurda de bela de Paul McCartney. Nessas horas os (ex) Beatles fazem valer a avaliação de Leonard Bernstein de que são os Schuberts do nosso tempo. 

Exagero, talvez, mas dá pra ver a facilidade com que Paul pensou nessa melodia simples e direta, que, sem tentar ser linda, simplesmente o é.

My Valentine

Paul McCartney

Rafael Torres  voz e violão solo

Ayrton Pessoa  violão e piano

Ednar Pinho  baixo

Igor Ribeiro  cajón

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My Valentine - Argonautas
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What if it rained?
We didn't care
She said that someday soon
The sun was gonna shine
And she was right
This love of mine,
My valentine

As days and nights
Would pass me by
I tell myself that I was waiting for a sign
Then she appeared
A love so fine,
My valentine

And I will love her, for life
And I will never let a day go by
Without remembering the reasons why
She makes me certain
That I can fly

And so I do
Without a care
I know that someday soon
The sun is gonna shine
And she'll be there
This love of mine,
My valentine

What if it rained?
We didn't care
She said that someday soon
The sun is gonna shine
And she was right
This love of mine,
My valentine

Gravado em 2016 no estúdio Trilha Sonora, Fortaleza, Ceará

Produção: Rafael Torres

Direção Artística: Rafael Torres

Gravação: Hugo Lage e Luiz Orsano

Mixagem: Luiz Orsano

Masterização: Luiz Orsano

Mucuripe

Canção de Behchior e Fagner que tivemos a honra de gravar para o DVD "O Canto de um Povo", do Jornal O Povo. Fizemos uma versão um tanto tumultuada, turbulenta, mas não sem doçura. 

Os versos de Belchior são maravilhosos e Mucuripe nos toca diretamente, fazendo lembrar as tardes que passamos na praia do Mucuripe a fotografar as jangadas. 

Uma verdadeira vila de pescadores que resiste em plena cidade transformada em uma das mais belas canções do imaginário cearense.

Mucuripe

Belchior e Fagner

Rafael Torres  voz, violão e flauta

Ayrton Pessoa  bandolim, acordeon e piano

Ednar Pinho  baixo

Igor Ribeiro  bateria

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Mucuripe - Argonautas
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As velas do Mucuripe
Vão sair para pescar
Vou levar as minhas mágoas
Pras águas fundas do mar
Hoje à noite namorar
Sem ter medo da saudade
E sem vontade de casar

As velas do Mucuripe
Vão sair para pescar
Vou levar as minhas mágoas
Pras águas fundas do mar
Hoje à noite namorar
Sem ter medo da saudade
E sem vontade de casar

Calça nova de riscado
Paletó de linho branco
Que até o mês passado
Lá no campo ainda era flor
Sob o meu chapéu quebrado
O sorriso ingênuo e franco
De um rapaz novo e encantado
Vinte anos de amor

Aquela estrela é dela
Vida, vento, vela leva-me daqui

Calça nova de riscado
Paletó de linho branco
Que até o mês passado
Lá no campo ainda era flor
Sob o meu chapéu quebrado
O sorriso ingênuo e franco
De um rapaz novo e encantado
Com vinte anos de amor

Aquela estrela é dela
Vida, vento, vela leva-me daqui
Aquela estrela é dela
Vida, vento, vela leva-me daqui, daqui

Gravado em 2017 no estúdio Trilha Sonora, Fortaleza, Ceará

Produção: Rafael Torres e Ayrton Pessoa

Arranjo: Rafael Torres e Ayrton Pessoa

Gravação: Hugo Lage e Luiz Orsano

Mixagem: Luiz Orsano

Masterização: Luiz Orsano

So Many Nights

Esta peça, composta em 2018, trata de uma mulher que é abusada pelo seu homem. Em inglês, usam-se diversos significados para a palavra que soa como wonder, mas que aparece em grafias diferentes.

 

Incluímos a tradução, mas esta não se destina a ser cantada: a música é em inglês, como não poderia deixar de ser, com seu clima de filme noir.

So Many Nights

Rafael Torres

Rafael Torres  voz, violão e saxofone

Ayrton Pessoa  piano

Ednar Pinho  baixo

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So Many Nights - Argonautas
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So many nights I wonder

Why go back to that Neanderthal

He's tall and handsome

He's thick and becomes

Unpredictable when he drinks

So many nights I wander

Always searching for the underground

I stop at some bookstore

I leaf through some full score

Of a symphony I'll never hear

I have a vulture inside my heart

And its fascinating flight

Doesn't indicate that that's an ugly bird

At all

I keep feeling sorry now and then

When everything’s okay

Then again, perhaps I will prevail

Deus ex machina from a crane

Will come down and put the

Vulture to sleep

So many nights I'm under

But tonight I'll be beyond the ground

Beyond the sky

I'll be on the moon

Hearing symphonies from beyond

And maybe one day I’ll be expected to stay

And say what I want to

Say

Tantas noites eu me pergunto

Por que voltar praquele Neanderthal

Ele é alto e bonito

Ele é grosso e fica

Imprevisível quando bebe​

Tantas noites eu vago

Sempre em busca do subterrâneo

Eu paro em alguma livraria

Eu folheio a partitura

De uma sinfonia que eu nunca ouvirei​

Eu tenho um abutre dentro do coração

E o seu voo fascinante

Não indica que é um pássaro feio

Mesmo

Eu sigo me desculpando aqui e acolá

Quando tudo está bem

Mas, quem sabe, eu vá prevalecer

Deus ex machina, de um guindaste

Vai descer e colocar o 

Abutre pra dormir

Tantas noites eu estou por baixo

Mas hoje eu estarei além do chão

Além do céu

Eu estarei na lua

Ouvindo sinfonias do além

E, talvez, um dia vão querer que eu fique

E diga o que eu quero

Dizer

Gravado em 2018 no estúdio Trilha Sonora, Fortaleza, Ceará

Produção: Rafael Torres

Arranjo: Rafael Torres

Gravação: Hugo Lage e Luiz Orsano

Mixagem: Luiz Orsano

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